Uma noite dessas resolvi assistir ao filme Temple Grandin, uma produção da excelente HBO que costuma acertar a mão em quase tudo o que faz. A princípio, o que mais me chamou a atenção foi ver Claire Danes no papel título, uma atriz que desde a sua aparição na mini série Vida de Cachorro, nos anos 90, me conquistou pela sua forma despretenciosa de interpretar, parecendo meio deslocada em seus papéis, mas mesmo assim deixando claro seu talento. Temple Grandin veio para colocá-la em outro patamar, tanto que venceu o Emmy 2010 como melhor atriz. E a produção como melhor filme. Danes está brilhante como a uma respeitada especialista em engenharia agropecuária. Temple é autista. Diagnosticada com autismo em meados da década de 50, quando ser autista significava ser internado sem expectativas de melhora. Quando menina sofre preconceito nas escolas em que frequenta, mas mesmo assim com apoio incondicional da mãe (protagonizada por Julia Ormond) e também de um professor, (o ótimo David Strathairn), Temple consegue finalmente chegar à faculdade, e é onde brilha, pois através de sua sensibilidade com animais, em especial as vacas, estuda e cria toda uma condição diferenciada para o gado na hora do abate. Ver Claire Danes recriar tal mescla especial de sentimentos e reações de maneira tão genuína é um deleite. Se fosse para a telona, com certeza Claire roubaria um Oscar. E o melhor, o filme não é um dramalhão cheio de clichês. Mas, mesmo assim, prepare o lenço.
Veja se já chegou nas locadoras e reserve desde já. E não coma nada junto com o filme, pois vai engasgar.
Trailer:
(por Vitor Costa)
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