Tyler Brulé, jornalista canadense, de perfil cosmopolita e com um faro gigante para verificar o que é tendência no mundo, em termos de consumo, visitou São Paulo em agosto deste ano. Aqui, além de compromissos profissionais, deixou uma excelente entrevista para o jornal Folha de São Paulo. Nela, fala sobre a sociedade japonesa que hoje vive o chamado pós-luxo. Uma visão de um país que vive sem o deslumbramento, isso porque os japoneses, por cerca de 30 anos, consumiram ao extremo as grandes marcas, os produtos mais desejados e agora se libertaram e vivem um momento extremamente interessante. Eles simplesmente não se impressionam mais com qualquer coisa. Brulé abordou também sobre a volta do consumidor aos alfaiates e aos artesãos, pedindo para vestirem suas roupas ou decorarem suas casas com produtos exclusivos. Este é o caminho, isto é personalidade. Uma mudança de comportamento do consumidor que não quer mais se vestir com grifes que estarão espalhadas por todos os lados. Deixou claro seu desprezo pela cultura americana. Sobre marcas brasileiras, o jornalista disse que o país precisa mais do que as Havaianas, pois as outras grandes marcas ainda não são conhecidas internacionalmente. Falou também que acha importantíssimo que arquitetos internacionais sejam contratados para desenvolver grandes projetos no país, visto que, na sua opinião, as coisas nesta área estão paradas por aqui desde 1950.Tyler Brulé tem uma agência de posicionamento de marcas e design e uma revista chamada Monocle. Criou a revista Wallpaper em 1996, foi colunista do New York Times e do International Herald Tribune. Eu adorei a entrevista e sua visão sobre consumo. Fiquei empolgado e pensando se é o fim daquilo que o Romero Brito, entre outros, chamam de arte. Tomara! Se você quiser ler, acesse este link:
(por Vitor Costa)
Muito bom!
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