4 de out. de 2010

Cinema: Nina Simone

Ultimamente tem sido um prazer ver uma nova geração descobrindo um importante nome da música como Nina Simone, indiscutivelmente um ícone do Jazz &Blues. E isso deve aumentar porque a Diva americana, que passou seus últimos anos morando em Paris, terá sua biografia transformada em filme. 

Nina Simone

Eunice Kathleen Waymon, a  Nina Simone, nome artístico adotado aos 20 anos para que pudesse cantar Blues (um estilo musical pecaminoso), foi pianista, cantora e compositora. Ela cantava escondida dos pais que eram pastores metodistas. "Nina" veio da expressão "little one”, pequena em português e "Simone" de uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret.
Nina Simone abraçou lutas contra o racismo já que foi vítima por várias vezes. Cantou inclusive no enterro de Martin Luther King. Além disso, colocava na música sua ira contra a violência dos homens já que foi espancada várias vezes pelo marido. 


Nina esteve no Brasil duas vezes e eu tive a graça de estar no parque do Ibirapuera quando ela cantou lá. Para mim sua voz é indefinível, única e se tivesse que eleger uma voz neste planeta seria a dela. E a canção “Ne Me Quitte Pas” eternizada com ela.


Sua filha, com quem teve uma relação conturbada, também chama-se Simone e lançou dois trabalhos razoáveis e sua voz não chega aos pés da mãe. É curioso ouvir Nina apresentando a filha no cd “Simone on Simone” e ouvi-la se esquecer da música que seria cantada a seguir.
A cantora Mary J. Blige será Nina Simone e David Oyelowo será Clifton Henderson, assistente e grande amor da Diva. Logo que li sobre isso, fiquei pensando na escolha de Blige para Nina. Mas, a cantora também americana, tem carga emocional para isso já que como fênix desceu ao inferno com o uso de drogas pesadas, típicas do universo Hip-Hop que a tornou conhecida. Porém, Mary se recuperou, deu a volta por cima, lançou bons trabalhos mais para o  Soul e R&B. 

Mary J. Blige

Comparação entre Mary e Nina

Cynthia Mort, que já trabalhou em diversas séries televisivas, entre elas "Will & Grace",  é a realizadora deste projeto que tem um orçamento de aproximadamente dez milhões de dólares e que começou a ser filmado em Setembro de 2010 na França. Espero que o filme traga toda a força dramática da vida de Nina, já que outro trabalho realizado neste sentido foi mais leve, como a vida de Billie Holiday na boa produção “Lady sing the blues” em 1972, interpretada por Diana Ross.
Outra Diva retratada na telona, embora não fosse protagonista na história, foi Etta James em “Cadillac Records”. Etta foi interpretada por Beyoncé, que foi criticada pela Diva : "Ela não tem que se meter, cantar minha música que eu cantarei para sempre", disse James.


Capa de cd de Nina

Enfim, espero realmente que Mary J. Blige dê conta da Diva que até hoje vende muito bem suas coletâneas, inclusive os remixes . Eu que sou fã de jazz e eletrônico, adorei. 




Um especialista em música disse que, provavelmente Nina estaria se revirando no túmulo com os Djs tocando sua música. Particularmente fico em dúvida, porque pelo que sei Nina era bipolar, assim poderia ter as duas reações, quebrar os CDs “a dentadas” ou sair rebolando para a pista de dança. Como fã de Nina e cinéfilo que sou, agora é controlar a ansiedade e aguardar...

(por Vitor Costa)

2 comentários:

  1. Vamos combinar... a Etta é muito rans... ranzinza... rs
    A Beyonceé até que não estava mal... sei que não tem voz para, mas... fazer o que, nem todo mundo nasce Etta James, quanto a Nina... vale a pena a liberdade poética e, quem sabe, criar mais uma boa lembrança de quem já é inesquecível!!!

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  2. Nada mais a falar sobre Nina, até porque por mais que falemos será sempre muito pouco!
    Tive o prazer de indicá-la como entre as lovemarks... http://www.lovemarks.com/index.php?pageID=20015&lovemarkid=4842

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