21 de dez. de 2010

O cinema do talentoso Xavier Dolan

E o cinema canadense já tem um grande nome: o talentoso e super jovem Xavier Dolan, de apenas 21 anos. Xavier é ator, roteirista e diretor e tem arrancado prêmios de outros cineastas mais experientes assim como aplausos da crítica especializada e principalmente do público. Ganhou inclusive prêmios em Cannes em 2009 como diretor pela sua primeira produção “ Eu matei a minha mãe” e novamente ganhou prêmios e foi ovacionado pelo público em sua segunda produção: “Amores Imaginários”.

Xavier Dolen, ator, diretor e cineasta com apenas 21 anos
V-Urban assistiu aos dois filmes, adorou e recomenda com muito entusiasmo. Veja um pouco deles abaixo:

Amores Imaginários 
Quem nunca fantasiou um amor? Quem nunca se apaixonou e achava ser correspondido? Quem nunca tentou fazer de tudo para chamar a atenção da pessoa a quem se desejava? Pois esse é o tema central do filme canadense “Les amours imaginares” de Xavier Dolan. Parece clichê, mas não é. É inteligente, sensível, irônico e divertido. O filme foi exposto na 34a Mostra Internacional de Cinema e deve entrar em circuito em breve.


Posters 
O próprio Dolan é um dos protagonistas da trama, no papel de Francis, um jovem gay, com visual retrô e que é amigo inseparável da super blasé Marie (Monia Chokri). Com cabelos e roupas diferenciadas, e muito “carão”, a dupla faz parte do circuito "indie" de Montreal, no Canadá. Suas vidas mudam quando conhecem Nicolas (Niels Schneider), um sedutor rapaz do interior que acaba de se mudar para Montreal. Em pouco tempo os três se tornam inseparáveis. Mas Francis e Marie, ambos apaixonados por Nicolas, desenvolvem fantasias obsessivas em torno de seu objeto de desejo comum. O jogo se torna interessante à medida que atravessam as típicas fases da paixão, embarcam numa verdadeira disputa pela atenção do rapaz, comprometendo sua antiga amizade.

Francis, Nicolas e Marie
Relações hetero e gays são colocadas sobre o mesmo ponto de vista, que é o amor fantasiado. E deveriam ser diferentes? Óbviamente que não.
E você conhece esta história? Claro que sim. É a sua também. A de todos nós.
As situações tão comuns por quais passamos quando avançamos o sinal de interessado em alguém para o amor contemplativo e estas 
criam identificação imediata com o público. Eu por exemplo, gesticulei muito durante o filme e vários “putz, é isso mesmo”, saíram boca a fora.
A trilha é um item a parte. É realmente muito boa e a direção de arte então... Algumas cenas lembram vídeo clip e alguns filtros são aplicados com cores fortíssimas e fazem total sentido dentro da história. 





Eu matei minha mãe
Com uma linguagem bem contemporânea, o longa transmite como pode ser delicada e intensa a relação entre mãe e filho, onde os dois percorrem caminhos de forte cumplicidade e ao mesmo tempo de um grandioso distanciamento.


Poster
Segundo Xavier, o filme é semi-autobiográfico e foi escrito por ele quando tinha apenas 16 anos para externar seus sentimentos. Dolan faz o papel de Hubert Minel e estreiou como diretor aos 19 anos.
A atriz Anne Dorval faz um primoroso trabalho como mãe. É um excelente drama que reproduz a relação neurótica de mãe e filho. Às vezes você tem vontade de entrar na tela e bater nos dois.


Anne Dorval como mãe de Xavier


O grande diferencial destes trabalhos de Dolan é a capacidade de criar vínculo e identificação em histórias tão comuns que pertencem a ele e a todos nós.
Xavier já está desenvolvendo seu terceiro projeto para 2011. E se continuar neste ritmo, será indubitalmente um dos grandes cinestas deste século. Um novo Almodóvar...


(por Vitor Costa)

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